Carta para o meu pai II

A angústia das últimas semanas dava lugar ao suspiro de alívio e uma tristeza avassaladora. Naquele 09 de janeiro, exatamente um ano atrás, eu o via e pedia a sua bênção pela última vez. Enquanto Felipe recebia o canudo de bacharel em Direito, mainha tirava um breve cochilo, Luca mamava e Celo sentia sua passagem, você partia com a mesma calma e silêncio com que tomava seu whisky no terraço da casa da Clementino de Faria.

Parece que foi ontem, mas a sua partida já faz um ano. A angústia de vê-lo sofrer foi embora, mas a saudade por não mais poder abraçá-lo é uma pontada constante. Gostaria que estivesse aqui acompanhando o desenvolvimento de Luca, mas sei que de onde está o acompanha e o protege, e provavelmente se diverte com as presepadas dele que me lembram tanto você.

O primeiro ano sem você não foi fácil, mas sobrevivemos, aprendemos a conviver com a sua ausência e a continuar a vida com você apenas em nossa lembrança. Que os sentimentos fiquem cada vez mais leves mesmo com a forte saudade, e que daí de cima você receba com muita luz os pensamentos de carinho que enviamos pra você daqui desse plano. ‘Bença, pai!

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