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Bicho de pé: como identificar, tirar e tratar

Uma companhia inesperada resolveu se juntar a nós durante a nossa viagem para Natal. Depois de visitarmos algumas praias e lagoas, um visitante surpresa resolveu se alojar no pé de Luca: um bicho de pé. 

Bicho de pé: o aspecto

Fazia tanto tempo que eu não via e nem ouvia falar de um bicho-de-pé, que quando descobri a bolhinha no pé do meu filho fiquei na dúvida se realmente era um – coisa que a vovó dele confirmou assim que viu. O aspecto é de uma bolha com um pontinho preto, como um olho. Acredito que quando descobrimos estava bem no comecinho, porque costuma coçar bastante, mas Luca em momento algum reclamou de coceira (ou vai ver estava gostando).

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Como pega bicho de pé?

O bicho-de-pé é mais comum em regiões quentes e de solo arenoso, e o parasita se aloja na pele através do contato com o solo contaminado (através de fezes e urina de animais, por exemplo). Impossível saber se Luca pegou o bicho-de-pé na praia ou na lagoa, porque qualquer um desses lugares é passível desse tipo de contaminação e é impossível saber se um pedacinho daquela areia em que estamos pisando está propenso a isso.

Não meta a agulha onde não é chamada!

Quando a gente identifica um bicho-de-pé, todo mundo tem história pra contar: “Quando eu morava na granja, a minha avó tirava bicho-de-pé dos meus primos com um espinho de limoeiro…” ou “Meu pai levava uma agulha na mala quando a gente viajar, porque na casa de praia do meu tio eu sempre pegava bicho-de-pé…”, e por aí vai. E por mais que tirar o bicho-de-pé com uma agulha fosse muito comum na nossa época, ou na dos nossos pais e avós, é muito mais prudente e seguro procurar um dermatologista ou podologista para resolver. Isso porque quando alojada no pé, a fêmea (sim, é ela quem entra para fazer a bagunça!) pode deixar ovos, e se não forem devidamente retirados podem se proliferar novamente. Além do mais, é preciso que os instrumentos estejam esterilizados.

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Procurando um profissional

Fomos na All Pé Dr. Scholl’s da Romualdo Galvão, com Luca super animado para tirar e ver o bichinho que estava no pé dele. Fomos atendidos por Dayane, que teve toda a sutileza e tato para lidar com uma criança de 3 anos, contando a ele cada passo do procedimento com brincadeiras e palavras que ele compreendia e o deixavam interessado. Ele foi corajoso e se comportou muito bem, não reclamou em momento algum, parecia mais uma programação de férias do que uma questão de saúde para resolver.

Dói para tirar o bicho de pé?

Tirar o bicho de pé com um profissional capacitado não dói, pode causar cócegas ou um certo desconforto. Para quem decide tirar com uma agulha e sem o conhecimento de onde deve cortar a pele, é possível que nesses casos o procedimento cause alguma dor. O que deve ser feito (daí a importância de fazer com um dermatologista ou podologista) é contornar a pele ao redor de onde o bicho está alojado. Além desse cuidado, cortar com lâminas ou agulhas que não estejam esterilizadas podem ocasionar uma inflamação na área e até uma infecção mais séria.

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No mesmo dia em que o bichinho é retirado da pele, a recomendação é de não molhar o pé (pelo menos a área afetada, se possível) e passar uma pomada indicada. Eu sempre fazia uma limpeza no dedinho de Luca e usava Nebacetin e cobria a região com Micropore, com uns dois dias já era perceptível que a “cratera” aberta pela retirada do bicho ia se fechando e voltando ao normal. 

Por mais assustador que seja para os pais em um primeiro momento, bicho-de-pé não é coisa de outro mundo e a retirada e o tratamento são muito simples. A minha dica é que, por mais simples que seja e por maior que seja a vontade de cutucar o pé de alguém (ou o seu) com uma agulha, procure sempre um profissional capacitado para resolver o problema. 

Ah, e depois Luca voltou a pisar e a brincar na areia. Sei que isso vai de cada mãe, mas achei melhor não forçá-lo a usar sapatos fechados e nem impedi-lo de pisar na areia descalço. Criança precisa brincar, e essas eventualidades acontecem. Paciência!

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