Aqui fala uma mãe aflita. Uma mãe aflita e ansiosa porque em menos de uma semana vai ver seu bebê – que já não é mais um bebê – indo para a escolinha pela primeira vez. Uma onda de sentimentos bagunçados me atinge com força. Felicidade, orgulho, alívio, culpa, expectativa… tudo isso anda tão misturado aqui dentro, que tentar separá-los é tão difícil como alguém me pedir que eu simplesmente não os sinta. Filho na escola, mamãe aflita!
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Filho na escola e uma salada de sentimentos
O fato por si só me enche de felicidade e de orgulho. É uma nova fase da vida do meu pequenininho, uma fase tão importante que vai acompanhá-lo por toda a infância, adolescência e uma parte de sua vida adulta. Sei que ele irá se desenvolver ainda mais, que vai chegar em casa com comentários espertos ou engraçados e fará com que eu e meu marido nos olhemos em cumplicidade e ar de riso perguntando onde ele aprendeu aquilo. Em breve ele chegará em casa cantando musiquinhas e pedindo pra gente sentar no chão ao lado dele para que cantemos juntos. Em breve ele chegará em casa contando o que fez na escola. Vai fazer mamãe enlouquecer quando contar que um amiguinho o mordeu ou o beliscou. Vai fazer mamãe enlouquecer ainda mais quando vier uma anotação na agenda dizendo que ele empurrou um amiguinho. E num jorro de mais sentimentos desconexos, tudo isso será normal.
Agora vejo que abrir mão da possibilidade de ter uma renda fixa e segura nesses dois anos foi uma troca extremamente válida. Eu ouvi quando Luca falou a primeira palavra, eu estava junto dele quando ele conseguiu engatinhar e me emocionei quando o primeiro passinho foi dado. Fui a companhia mais presente no parquinho enquanto via meu pequeno interagir e brincar com outras crianças, não precisei enfrentar a cara feia de um chefe por ter que pedir para sair mais cedo para ficar com meu filho doente. Sempre pude acompanhá-lo nas aulas de natação. Abri mão de algo bom por algo infinitamente melhor, e, sem querer julgar o que é certo e o que é errado para os outros, para nós foi uma decisão acertada.
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Mamãe home office
Luca vai para a escola, e agora terei mais tempo para me dedicar ao meu trabalho, esse que escolhi fazer de casa para poder ficar perto do meu filho. Poderei me concentrar sem precisar parar a cada 10 minutos parar acalentar uma criança que chora porque não quer que eu fique sentada diante de um computador – a minha ferramenta. Poderei me concentrar sem precisar pausar para preparar um leitinho, ou cortar as frutas que ao ver no pratinho ele vai decidir que não quer mais. Vou poder usar meu celular com mais frequência, e quem sabe a bateria possa até durar mais porque o aparelho não ficará ligado no YouTube com desenhos de gorilas, dinossauros ou a família dos dedinhos. Vou poder lavar o cabelo sem pressa. Vou poder ir ao banheiro sem ter uma plateia comigo.
Junto com o alívio de poder ter algum tempo para poder trabalhar em paz, de poder sair de casa para fazer as unhas ou para tomar um café com uma amiga, se assim desejar, vem um sentimento de culpa arrebatador. Porque ao sentir alívio por poder me dedicar a algo que seja inteiramente para mim, parece que esse alívio é por “me livrar” do meu filho. E por mais que eu pense que a ida à escola faz parte do desenvolvimento dele, que será bom pra ele, e que isso é só mais uma fase da vida – da dele e da minha – a culpa não vai embora assim tão facilmente.
Às vezes me sinto como a mãe de Andy no filme Toy Story 3, quando o filho está indo para a faculdade e, em meio a um abraço emocionado, ela diz que queria poder estar com ele o tempo todo. Eu queria estar com Luca o tempo todo como estive nos últimos dois anos, mas agora com o filho na escola nós dois teremos algumas horinhas durante o dia separados, independentes. Dá vontade de chorar só de pensar que vou ficar longe dele, mas acho que depois da emoção dos primeiros dias, ficaremos bem. Acho que uma hora ou outra, enfim vou conseguir parar de chorar. E sei que vou abrir o maior dos sorrisos ao vê-lo chegando feliz contando as novidades.
Tão lindo o seu texto! Estou grávida pela primeira vez e tuuuudo me faz chorar, rs. Minha pequena ainda nem nasceu, mas vivo pensando num monte de coisas que provavelmente nem passam pela cabeça das pessoas ao meu redor. Também abri mão do trabalho presencial (e de uma renda mais segura) para me dedicar integralmente a ela quando chegar… Certamente vou passar por esse turbilhão de sentimentos que você está agora. Felicidades a você, seu “gordinho” e seu marido. Deus os abençoe! Bjs
Li, parabéns pela gravidez! <3 Que essa princesa venha cheia de saúde e traga mais alegria ainda pra vcs.
Nossa, eu tb fui uma grávida super emotiva, chorava por tudo. Vc vai ver q qdo a pequena nascer, não vai ser muito diferente, mas cada dia é absolutamente incrível.
Bjosssss
Lindo texto <3
Também decidi me dedicar ao Benjamin e foi a decisão mais acertada da minha vida!
Beijo nos dois e é isso! Força.
Lili, ele vai pra escolinha esse ano tb? Vossa gordinência está cada dia mais lindo. <3 Bjossss
Vai sim. Ele faz aniversário em março ;) estou a pensar se espero até julho.
Relaxa. Vai dar tudo certo.
Amém!!! Bjossss