Todo mundo diz que a gestação e a maternidade mudam uma pessoa. Desde que descobri que estava grávida não tive dúvidas dessa declaração. Não é só a mudança na disposição dos cômodos e móveis da casa para acomodar o bebê; não é apenas o bolso, que seca com tantas despesas; nem é só no corpo da mulher, que em 9 meses vê sinais de mudanças antes só conhecidos e imaginados na TV, nas revistas e nas outras pessoas. A cabeça muda. E como muda.
Primeiro vem toda a preparação interna, aquela que você sabe que tudo irá mudar, mas não faz ideia de como vai ser {sim, nessas horas você chora, se desespera, quebra um vaso na parede, e por fim se acalma e culpa os hormônios}; depois vem em cima de você aquele bombardeio com todos os palpites dos psicólogos-sadomasoquistas-diplomados-pelo-Facebook que pensam que tem total conhecimento de sua pessoa e dão conselhos que 1) fazem você chorar, 2) fazem você se sentir a pior pessoa do mundo, 3) ensinam-lhe a arte de sorrir acenando em concordância e jogar o conselho na privada imaginária {se você atingiu o estágio 3, aplausos!}. Por fim atingimos o nível dos monges budistas na versão mamãe. Simplesmente deixamos de nos importar com coisas sem importância.
Trabalho não é sem importância. Vida doméstica não é sem importância. As outras pessoas não são sem importância! Para quem pensou isso, belo argumento! Eu concordo. Quando me refiro a coisas sem importância não quero dizer que o resto do mundo vira pó, apenas aprendemos a levá-lo de maneira mais leve. Sabe aquela falta de ar que nos acompanha quase que diariamente pelo tanto de afazeres que temos a cumprir? Ela fica mais amena. Aprendemos que não adianta se estressar, as coisas irão acontecer de todo jeito.
Prioridade é a palavra de ordem. Junto dela vêm, automaticamente, o tempo e a responsabilidade. Fazer um post pro Oxente Menina ou preparar o conteúdo da semana do cliente? Em outros tempos a minha resposta seria “os dois”. Eu gostaria muito de continuar assim {de vez em quando até consigo}, mas aprendi a priorizar e a me controlar antes de tentar me jogar de uma ponte porque não conseguirei atualizar o blog até as 11:24 de hoje. O cliente me paga para fazer o trabalho, e o blog, por mais que me corte o coração dizer isso, é o meu veículo, com ele tenho mais liberdade {inclusive para não postar}, e se eu ficar alguns dias sem publicar nada nele não estarei matando nenhum koala na Austrália e nenhuma criancinha africana deixará de receber um prato de comida, então entre cliente e blog, a prioridade sempre será o cliente. Se sobrar tempo, serão os dois e todo mundo fica feliz.
A vida sem culpas desnecessárias se torna muito mais fácil de ser levada, e ainda que o discurso seja mais bonito e fácil do que a realidade, é importante tentar. Quer uma dica? Respire fundo, faça uma lista do que você tem para fazer, e comece a cumprir cada item com calma. O que você não conseguir fazer hoje, faça amanhã, sem medo, sem culpa, sem apertos…
Ahn, ana Lu, tenho certeza que você será uma ótima mamãe!
O chá do Luca ficou lindo de morrer!!!
bjobjo
Espero ser, Mia! Amor vou dar de sobra, isso posso garantir.
:)
Bjoooooo
Ana Lu, essa tal de culpa… difícil se livrar dela. Ainda mais com o primeiro filho, quando vc não sabe ainda em que terreno está pisando, e , acredite, por mais que você leia, e acredite estar bem preparada, muita coisa acontece sem vc prever. Aí vem os palpites (a pior parte)… seguir ou não seguir? Mas no final a gente consegue, mesmo errando… afinal errar também é uma forma de aprender. ótimo post!
Bjos!
Lu, enquanto alguém dá um pitaco pelo sim, outro alguém dá pelo não, um dos dois provavelmente é mais adequado, mas se a gente for tentar seguir tudo, acaba pirando. Acredito que toda mãe cometa erros, mas tenho certeza de que erram tentando fazer o certo. Comigo não vai ser diferente, e espero de verdade que a quantidade de acertos seja superior.
Bjosssss
Acabei de conhecer seu blog… muito lindo!!
E agora me deparo com assunto Gravides… aff.. rs vou querer voltar mais vezes…
(ainda não estou gravida, mas quero um dia estar!)
Oi Pri! Estou na reta final da gravidez, mas quando passar o período vou postar bastante coisa sobre maternidade. É um momento muito especial esse! :)
Bjossss
Oi Ana Lu!
Eu achei este post muito bom! Principalmente pela sinceridade que teve em tratar sobre o seu tempo e os pitacos. Parabéns! Por isso, vc é uma querida para mim! Beijos!
Mandy, eu sei que tem gente que se ofende, mas preciso pensar primeiro no bebê e em mim. Seria bom se todos entendessem isso, mas cada um pensa de um jeito, né? Obrigada pelo carinho e apoio de sempre! :****
A maternidade é a maior transformação na vida de uma mulher: é um marco, o antes e o depois. Ficamos tão próximas de Deus e naturalmente focadas naquele ser que nos foi enviado, de modo que que as coisas e pessoas não tem mais a mesma importância de antes. E isso é natural, é característica da maternidade. E culpa temos agora por achar que não estamos fazendo o melhor para nosso filho, assim como Deus busca o melhor para cada um de nós.
Danuza, fico feliz em saber que esse “sintoma” da maternidade é normal. Às vezes me acho até meio egoísta por colocar ele na frente de tudo e eu logo em seguida. Já abri mão de muitas coisas para que terceiros fossem beneficiados, e agora penso primeiro no nosso bem-estar.
Bjosss