“O que você vai ser quando crescer?”. Pergunta simples de resposta fácil quando somos crianças. O futuro parece tão distante e tão simples, que tamanha confiança é quase como um contrato firmado com a vida.
Quando criança, nos deixamos envolver por nossos sonhos, e a perspectiva para o futuro é algo distante ao ponto de parecer que nunca irá chegar. Mas o tempo passa, o futuro chega, e somos obrigados a crescer e a abrir mão de alguns sonhos. A lembrança da doce infância, porém, jamais desaparece.
O Oxente conversou com três fashionistas sobre os sonhos de carreiras que elas tinham quando pequenas, e por qual caminho acabaram seguindo; e o brinquedo que fazia o coração bater mais forte na infância, e o “brinquedinho” que elas sonham em ter hoje.
Jinmi Lee – Engenheira da Computação e Blogueira {autora do blog Brebotes}
Quando eu era pequena, porém grande o suficiente para entender que teria que escolher uma profissão, acreditei que seria médica e trabalharia em uma emergência bem emocionante, cheia de sangue, adrenalina e materiais descartáveis. Depois de um tempo, achei que emocionante mesmo era ser espiã em alguma agência secreta. O que a televisão faz com a cabeça da gente, né?! Mas não era o tipo de coisa que dava para escolher na hora do vestibular. Hoje, sou formada em Engenharia da Computação e trabalho como User Experience Researcher, com foco em Engenharia de Usabilidade.
Acho que tive a grande maioria dos brinquedos que eram populares na minha geração, porém um deles foi bastante especial: o Baby da Família Dinossauros. Eu e minha irmã ficávamos loucas quando víamos qualquer coisinha do Baby. Tivemos chaveirinho, um bonequinho de plástico e até festa de aniversário com o tema. Mas faltava o boneco, o grandão, fofinho, que tinha a cordinha e dizia “Not the mama!”. Não vendia aqui no Brasil na época, e meus pais mandaram buscar nos EUA e a surpresa de receber o Baby foi incrível! Interessante lembrar como naquela época era complicado comprar coisas fora do país.
Hoje o que me diverte mesmo é maquiagem, e meu sonho de consumo atual são os pincéis. Estou paquerando com um faz tempo… o Pinceau Fond De Teint Poudre Backstage Make Up da Dior. Usei durante um curso de maquiagem que fiz e me apaixonei.
Marina Loffredo – Advogada
Sou advogada com mestrado em Direito Tributário, mas, desde os estágios em cadeias e penitenciárias, sempre atuei como criminalista, que é minha paixão e minha vocação. Vocação dentro do Direito, diga-se, eis que o meu “chamado” sempre foi para as Letras e a Filosofia (professora, portanto).
Se pareço certinha, e se por um tempo de fato o fui, o mesmo não se pode dizer de minha alma e de minha infância, inquietas, agitadas e rebeldes. Minhas pernas guardam mais cicatrizes que um veterano de guerra. Fui moleque, e meus castigos eram mais para que eu ficasse quieta, e não me machucasse ainda mais, do que punição. Assim, não é difícil imaginar que eu quisesse ser uma “rock star”. Inclusive, me vestia e me definia como “rockeira” desde pequena.
Embora consumista, em relação à brinquedos nunca fui muito apegada, gostava dos esportes coletivos e sempre tive adoração pelo ciclismo. Qual não foi a felicidade da minha vida, então, quando meu avô me presenteou com a primeira mountain bike (aquela amarelo-fluorescente “lindja” da Caloi).
Hoje sou sapatólatra, então nada mais natural que eu querer uma sandália trabalhada Manolo, um scarpin Louboutin altíssimo ou um Jimmy Choo “qualquer”.
Regina Nakamura – Jornalista e Blogueira {autora do blog Make Me Pretty}
Quando criança, sonhava em ser atriz – acho que como muitas meninas – porque, segundo minha mãe, tinha uma queda pelo drama e por chamar a atenção! Mas com o passar dos anos a timidez foi aumentando, os interesses foram mudando e esse sonho ficou para trás. Me formei em jornalismo em 2006, e desde então trabalhei com marketing e design digital. Ainda não encontrei meu emprego dos sonhos, mas a verdade é que nem eu sei o que seria isso! Sempre tive um interesse muito grande por moda, estilo, estética, e não descarto ainda mudar de área e investir em outra carreira.
Lembro que um dos brinquedos que mais queria na minha infância era aquela Barbie Face, uma cabeça de Barbie quase que em tamanho real que você podia fazer penteados e maquiar. Deu para perceber que essa história de make vem de longe, né? Mas os meus pais sempre preferiram nos presentear com brinquedos que desenvolvessem o raciocínio, achavam que maquiagem não era coisa para criança brincar, então acabei ficando sem a tal cabeça de Barbie.
Hoje é tanta coisa legal sendo lançada que a gente tem uma wishlist nova por mês! Atualmente o meu objeto de desejo é a coleção Venomous Villains da MAC, por ter essa referência das histórias infantis que eu adorava e também por ter makes realmente lindas. Ando me segurando para não comprar coisas que nem preciso de verdade, mas acho que isso até valeria como um “auto-presente” de Dia das Crianças!