Se você acompanhou a terceira temporada do Brazil’s Next Top Model, você já conhece esse rosto, e se não acompanhou, olhe bem para ele, porque, sem dúvidas, você vai querer ser uma das pessoas a dizer que acompanha a carreira de Rafaelly Xavier, ou Rafa, desde o início. E acredite, essa menina vai longe!
Essa Potiguar de 20 anos e 1,85m de altura nasceu e foi criada em Natal. Começou a modelar aos 14 anos, ou a “brincar de modelar”, como ela mesma diz. Por incentivo da mãe, que também havia trabalhado como modelo quando mais nova, entrou num curso de modelo aos 12 anos com a genuína intenção de melhorar a postura, que a incomodava devido à sua estatura: “como as minhas amigas eram muito menores do que eu, eu já começava a andar curvada”, conta.
Curso concluído e postura melhorada, a altura e a beleza de Rafaelly foram suficientes para chamar a atenção de alguns scouters que estavam circulando pelo Natal Shopping, onde acontecia o já extinto Natal Shopping Fashion. No ano seguinte à sua descoberta, Rafa já era uma das modelos escaladas para desfilar no evento. “Com 14 anos, eu estava achando mais divertida a farra dos bastidores do que o próprio desfile; e a minha cabeça estava longe, pensando na escola e nos treinos de basquete que eu estava perdendo”.
Conciliar os treinos de basquete {ela jogou pela seleção do RN}, a escola e a preparação para o vestibular com os trabalhos de modelo não foi tarefa tão árdua, já que sempre contou com as orientações da mãe/agente, que a ajudou a definir suas prioridades. Foram essas orientações que a fizeram recusar diversos convites para viagens, inclusive as internacionais, e a ajudaram a conseguir alguns trabalhos locais enquanto se dedicava ao sonho de ingressar no curso de arquitetura pela UFRN. Sonho realizado em 2008.
Apesar do seu amor pelo curso de arquitetura, e da sua paixão pelo basquete, Rafa confessa que, desde pequena, sempre foi apaixonada por moda. “Sempre fui uma criança vaidosa e adorava tirar fotos. Até hoje minha mãe conta que quando eu via alguém com uma câmera fotográfica, eu me aproximava e esperava que a pessoa tirasse fotos minhas. E ai de quem não tirasse, era choro na certa!”, diverte-se. Entre livros, treinos e revistas de moda feminina, o sonho de sair modelando mundo afora ficou adormecido, mas não esquecido.
Em meio aos trabalhos de faculdade do sonhado curso de arquitetura, surgiu a oportunidade de participar da terceira edição do BrNTM, “eu havia me inscrito para a segunda temporada por brincadeira e fui chamada, mas não deu para ir nem nas primeiras entrevistas. Quando abriram as inscrições para a terceira eu pensei ‘quem tentou a primeira vez, pode tentar a segunda’, e me inscrevi novamente, daí aconteceu!”
Antes de entrar no programa do canal Sony, Rafa já estava negociando a sua primeira viagem internacional para a mesma época em que o programa seria gravado. Imaginem a confusão em sua cabeça para fazer a escolha: um programa de TV que poderia projetá-la nacionalmente versus a viagem que poderia ser o primeiro passo para a sua carreira internacional, mas em meia hora de conversa com a mãe, Rafa conta que tudo ficou claro.
Com a decisão de ir para São Paulo (onde o programa é gravado) tomada, Rafa deixou a sua marca no programa junto a grandes nomes da moda, como Fernanda Motta, Dudu Bertholini, Naime Wihby, Duda Molinos, Carlos Pazetto e Érika Palomino. Curso prático para modelo nenhuma botar defeito!
Ao fim da sua participação no BrNTM, Rafa entrou com um processo de liberação para trabalhos internacionais junto à emissora e, quinze dias após sair das gravações, partiu para a Índia “com a faculdade trancada, coração apertado e a sensação de que eu havia virado uma pessoa insana”, confidencia. “Insana porque pelos moldes de criação na minha família eu preciso de uma boa formação acadêmica, e eu concordo! Daí de repente eu paro tudo pra sair de salto-alto pelo mundo…”
Atualmente de férias no Brasil, Rafaelly em breve retorna à Ásia para retomar os trabalhos baseados na Índia e Cingapura. Neste momento, ela pensa em aproveitar a fase para explorar o seu potencial como modelo e conhecer novos lugares, sempre concentrada nas passarelas e nos editoriais que surgirem pelo caminho. Isso até retomar para o seu plano A, o de ser uma arquiteta: “A arquitetura é minha grande paixão e ambição na vida. Agora estou fazendo uma pausa para uma experiência inesquecível, e depois volto para desenhar muita planta-baixa {risos}.”
A torcida é grande, Rafa!
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